INCONFORMADOS
“Havia em Jope uma discípula... Dorcas; ela era notável pelas boas obras e esmolas que fazia” (At 09:36)
O mundo, sua cultura, ciência e filosofias tentam moldar-nos aos fatos ou coisas que aparentemente não podem ser mudadas por nós. Com freqüência, diante da morte de um ente querido, uma das palavras mais ouvidas pela “família” é aquela que tenta “nos conformar” com a perda, viver o luto e superá-lo.
Ao nos aproximar-mos da época da Páscoa, uma boa reflexão está na morte e ressurreição de Cristo. Os seus discípulos foram chamados a não amoldarem-se aos seus padrões, ao mundo de violência, injustiça, fome, e doenças. Mas a crer que existe além dessas expectativas, uma infinitamente maior, como um Deus para quem absolutamente nada é impossível e que pode dar vida e ressuscitar sonhos que se perderam na nossa desesperança sendo sepultados pela memória.
Os seguidores de Jesus, aqueles que andaram com o Filho do Deus Vivo, embora por um tempo tenham se sentido tristes e abandonados, descobriram que as palavras proferidas pelo seu Mestre eram muito mais que meras palavras. Elas revestidas pela esperança outorgada aos santos, ouvidas e recebidas, abriram os olhos de homens e mulheres que, posicionando-se, empreenderam uma caminhada rumo às promessas feitas.
Assim, como as viúvas de Jope foram consoladas pela restauração da vida de sua amada amiga sigamos com confiança de que aquEle que começou a obra em nós é fiel para terminá-la durante o nosso percurso. Mantenhamos firme a mesma esperança, ainda que diante de ventos e tempestades contrárias, trazendo a marca dos “notáveis” dessa geração.
24.03.10
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